A comissão responsável pelos trabalhos relativos ao registro do ritmo BUGIO como Patrimônio Cultural/Imaterial do Estado do Rio Grande do Sul, dá continuidade as atividades relativas ao trabalho proposto.
Agora foram ouvidas mais pessoas, porém de municípios vizinhos, sendo dois de Jaguari e um de Santiago. São eles: João Damásio Cattelan (Jaguari), Lucas Denardi Cattelan (Jaguari), e Carlos Tadeu Andreta Martins (Santiago).
JOÃO DAMÁSIO CATTELAN – O historiador e músico contou das suas experiências no Tradicionalismo Organizado, em Congressos e Convenções, onde o ritmo bugio sempre exaltado como um ritmo nativo do Rio Grande do Sul. Por outro lado, falou da sua vivência como gaiteiro, onde animou muitos bailes em casas de família, quando manteve intercâmbios com outros gaiteiros da região, onde era falado sobre o Bugio do Neneca Gomes, por isso não tem dúvidas que ele foi o inventor do ritmo.
LUCAS DENARDI CATTELAN – Ele é neto do historiador João Damásio. É licenciado em música pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e vai colaborar como a comissão, no sentido de escrever algumas partituras do ritmo Bugio.
CARLOS TADEU ANDRETTA MARTINS – Escritor, poeta, artista plástico e historiador, nascido em São Francisco de Assis, porém andejou e residiu em outros pagos, como por exemplo em Santo Ângelo, onde foi Secretário Municipal de Cultura, e conheceu o renomado músico Tio Bilia, que lhe contou ter visitado Neneca Gomes, em 1926, para conhecer o novo ritmo musical que tinha chegado até ele, através do gaiteiro Marcolino, num comércio de carreira em Santiago.
Os depoimentos estão gravados na íntegra, em poder da comissão que é formada por: Prescilla Saquett, Régis Lançanova, Fabiana Mazuco e Valdevi Maciel.